L: Acabou de terminar o “ano” da aula de dança com a apresentação final, no teatro da escola de dança. Ensaiou a coreografia durante várias semanas e foi super elogiada pela professora, que disse que ela tem muita desenvoltura pra idade dela e movimentos bem certinhos. Dançou tão linda no palco, puxando a fila das florzinhas e corrigindo as coleguinhas que iam parar no lugar errado. Dançar é uma coisa que ela adora fazer, em casa ela só para quieta na frente da televisão ou quando está pintando ou desenhando.
A: De umas semanas pra cá tem falado absolutamente TU-DO. De repente começou a formar frases completas, com verbo e tudo! Fala devagarinho, pausadamente todas as sílabas. De manhã, ela vem pra minha cama, fica 5 minutos e quando eu abro o olho, ela pergunta: “Mamãe, posso ir lá (na sala)?” E faz um monte de perguntas. E relaciona os objetos que vê com o que ela tem. “Esse igual da Anhanha”. E mistura inglês com português. “This é papel”. E traduz. Se a gente pergunta uma cor em inglês, ela fala, e perguntamos qual é a cor em português, e ela responde. Vermelho é mê-êlo. E canta. A cada dia é uma coisa nova que ela fala e a gente fica bobo de ver.
L: Há algumas semanas fez seu primeiro tratamento dentário pra remover uma cárie. Foi uma surpresa o resultado da radiografia, que encontrou um buracão entre dois dentes dela. A dentista falou que quase pegou no nervo e por pouco ela não precisou fazer um canal. Laura foi valente, corajosa. Eu fiquei com ela na sala na hora da anestesia, quer dizer, na hora de espirrar o suquinho pra fazer os bichinhos dormir. A tadinha chorou! Perguntou se tinha sido igual “vacina”. A dentista é maravilhosa, brasileira e odontopediatra. Depois da anestesia eu saí a pedido da dentista. Ela viu que eu não era muito forte pra essas coisas e ia influenciar a Laura negativamente. Minha filhota aguentou forte, e eu fiquei me encolhendo toda na sala de visita cada vez que a ouvia gemer lá dentro.
A: Aprendeu a andar de bicicleta. Agora que o tempo tá melhorando, tiramos a poeira das bicicletas encostadas no pátio. Resolvemos testar a bicicletinha que uma amiga tinha passado da filha pra Alice e serviu direitinho. Num instante ela pegou o jeito de pedalar e agora adora andar de bicicleta. A gente tem que ficar do lado porque se não, ela dispara ligeirinha.
L: Também tem curtido muito andar de bicicleta. Depois que ela aprendeu a andar sem rodilhas de apoio, o pai tinha prometido comprar uma nova. E cumpriu a promessa há poucas semanas. Laura ganhou uma bicicleta maior, lilás com cestinha na frente, como ela queria. Agora é companheira do pai nas trilhas do parque perto de casa.
A: Não usa mais fralda. Definitivamente.
L: Foi convidada a participar de um programa para “gifted students” numa outra escola da cidade. Vão ser dois dias com atividades lúdicas, inventando histórias e encenando. Não tenho pra mim que Laura seja “superdotada”, mas fico feliz em saber que ela se destaca entre os demais. Mãe-coruja eu? Imagiiiiiiiina…
A: Adora pintar! Segura o pincel direitinho, se lambuza toda. Adora pintar com lápis também e tenho percebido que ela tenta colorir dentro das linhas. Claro que ainda fica tudo borrado, mas dá pra ver direitinho que ela tenta permanecer dentro dos limites do desenho.
L: Está com 3 dentes moles. Os dois de cima e um embaixo. Um de cima está tão solto que está até torto na boca, soltinho na parte de trás. Ela se recusa a deixar tirar o dente torto, quer que caia sozinho.
A: Tem a mesma mania da irmã de não parar quieta pra comer. Dobra uma perna e a outra fica no chão. Depois ajoelha de lado. Não se aproxima da mesa pra colocar a colher na boca e deixa cair tudo na cadeira e no chão.
L: Nas barras, prende as pernas e já solta os braços, ficando de cabeça pra baixo.
A: Pega livros, folheia e “lê”. Com entonação e tudo.
L: Vive pedindo um bichinho de estimação. Eu adoraria poder ter um cachorro, mas num apartamento pequeno não rola, e também é caro pra caramba. Estou pensando num peixe, mas ainda não decidi.
A: Já reconhece as ruas perto de casa. Quando passamos pela escola da Laura ela diz “Escola Táta. Cadê escola Anhanha?”. Quando passamos pela escola dela, ela aponta também.
L: Começou a arrumar a própria cama de manhã. Eu ajudo a dobrar o lençol (seguro as pontas pra ela), e ela forra a cama com a colcha. E parece curtir a tarefa. Se eu a apresso pra descer da cama, ela chia dizendo que ainda não forrou a cama. Muito bom.
A: A tia brinca com ela dizendo que vai contar um segredo pra ela e que ela não pode contar pra ninguém. Aí ela começa: “dois, tês, quato, cinco, seis…”